Mais um livro policial. Em uma cidade onde não acontecem muitos crimes, uma jovem da alta sociedade é encontrada morta em uma situação, digamos, constrandegora : em um motel, toda amarrada. Mas, por incrível que pareça, esse não é o crime em torno do qual o livro gira. Uma policial descobre, por acaso, que há um serial killer acabando com os homens que abusam/abusaram de mulheres mas que escaparam da Justiça, por um motivo ou outro.
Não sei se é porque eu já havia lido outro livro da mesma autora, mas eu já sabia o culpado... sem graça! Não compro mais nada dela, pois pelo menos nestes dois livros as personagens são quase as mesmas. Não em nome, claro. Mas na estrutura da trama. É como uma receita de bolo, onde só se muda os ingredientes. Ao invés de chocolate preto, tente chocolate branco. Ao invés de goiabada, faça com damasco. Mas o resultado é praticamente o mesmo.
O crime da moça no motel é resolvido quase no final. Uma solução estúpida, na minha opinião. Acho que a autora lembrou-se de que tinha de achar um culpado e inventou uma coisa nada a ver.
Existem outros autores que quase fazem um plágio de si mesmos. Algumas pessoas podem dizer que é o estilo do autor, a "assinatura". Mas precisa ser tão previsível assim?
Harlan Coben, por exemplo, usa nos dois livros que li até agora (Não Conte a Nunguém e Gone For Good) mais ou menos o mesmo cenário : um cidadão exemplar se vê, de repente, suspeito pela morte/desaparecimento/whatever de um membro de sua família ou de alguém muito próximo. Mas o final não é o mesmo.
Robin Cook sempre tem algo a ver com conspiração envolvendo algo médico. Algumas personagens retornam. O motivo, normalmente, é ganância ou terrorismo.
Mas além do final feliz, o culpado não é sempre o mesmo.
Gosto dos livros do HC e do RC, mas que falta faz escritores como Agatha Christie.
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