sexta-feira, abril 09, 2004

Acabei de ler Em Nome de Deus - Uma investigação em torno do assassinato do Papa João Paulo I, de David Yallop.

Aprendi muita coisa.

Não lembro da comoção e espanto que a morte dele causou, afinal era 1978. Sei que minha tia, que também estudou em colégio de freiras, falou que tinham de ficar ajoelhadas esperando sair uma fumacinha dizendo se "habemus papam" ou não. E lendo o livro vi que foi uma confusão de fumacinha preta, branca, cinza.... Ninguém sabia se já haviam tomado uma decisão ou não. E esta decisão é tomada "quando o Espírito Santo inspira a votação". Sei.... as manobras políticas existem dentro da igreja também.

Acho legal manter algumas tradições, mas tem umas que por favor... ao ler o livro fiquei sabendo que quando um Papa morre, alguém bate na testa dele com um martelinho de prata, 3 vezes, e pergunta : "Fulano, você morreu?". O que é isso? :)

Houve uma época - pode ser que tenha voltado, depois da morte do JP I - em que até para falar ao telefone com o Papa as pessoas se ajoelhavam. Duvido que Jesus - de quem os Papas são os representantes, segundo a Igreja Católica - aceitasse algo assim.

Enquanto cardeal, JP I (que se chamava Albino Luciani) resolveu vender bens e jóias da Igreja, pois a miséria na Itália estava aumentando e ele não achava certo ter tantas coisas assim. Imagina o que ele faria no Vaticano?!?! Fora a limpa que ele planejava em várias posições estratégicas, entre elas no Banco do Vaticano.

Quanta podridão... claro que ele foi morto. Mas o poder falou mais alto e até hoje não foi mostrado nem atestado de óbito (parece que nenhum médico quer se arriscar a colocar o nome em um documento que não tem respaldo científico algum).

Sou batizada, estudei em colégio e faculdade católicos, mas não sou católica. No entanto acho que eu teria gostado do papa JP I. Parecia um cara sensato, dentro do possível.

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