segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Meu pai resolveu tirar tudo de cima do guarda-roupa dele para ver o que ainda pode ser guardado. Meus trabalhos e lições de quando eu tinha de 3 a 5 anos estão bem conservados. Como era puxada a escola!!!

Com 4 anos, quase 5, eu tinha de escrever o nome das figuras que estavam na frase. Dedo, Mamãe, Vivi (como eu sabia que aquela menina era a Vivi?!??! Será que era a Vivi de "Vivi viu a uva"?), Gato (que eu escrevi "Mimi" e a professora deu "certo" !!), Vovô e Ovo. Isso acho que era o "prézinho".

No "Pré" da "Tia Yara", com recém-completados 6 anos, eu tinha de formar frases com certas palavras, separar sílabas, dar o aumentativo e o diminutivo de algumas palavras. Desde aquela época as professoras "deixavam os baixinhos com 'burrose' para não deixar com neurose" (chavão do Irmão Balestro - e super certo!). Sabem o diminutivo de boneca? bonecinha!!

Esta mesma "tia" Yara, no mesmo dia, considerou correto o seguinte problema : "Paulo tem 14 carrinhos e Jair tem 12 carrinhos. Quantos carrinhos os dois têm juntos?" Resposta : Os dois juntos têm 16 carrinhos. (Isso tudo por extenso, lógico. Com a minha caligrafia)

Um dia antes ela considerou corretas as seguintes respostas matemáticas (e pensar que eu optei pela área de exatas depois deste fiasco...) :
=> 9 + 3 = 13
=> 83- 2 = 80
=> 10 - 1 = 8

Eu também tinha de saber o que era dezena, dúzia.... isso tudo com 6 anos recém-completados. E eu tinha de escrever várias frases e saber ler antes de completar os tais 6 anos.

Não sei se hoje o negócio é tão puxado assim. Quando eu estava na 2a série (8-9 anos) eu sabia todas as cidades do 1o, 2o e 3o planaltos do Paraná, fora todas as capitais do Brasil e produtos típicos de cada região. No ano seguinte fui para outro colégio (mais barato) e lá eu aprendi.... a cantar!! Colégio de freiras, sabe como é. Canta antes de entrar na aula, no recreio, na saída, na aula de educação física! Aprendi várias músicas religiosas :D Lembro de ter tido de fazer um teste de matemática e de leitura para ver se eu estava apta a entrar para a 3a série (em um colégio que qualificava nosso rendimento com bolinha azul, bolinha verde e bolinha vermelha!). Tive de fazer divisão de 1000 por 25, eu acho. Era um número enorme pra mim. Contei toda orgulhosa pra "Tia Tania" que eu tinha feito e acertado. Chorei tanto no colo dela ao dizer que sairia do colégio... Mas, se não fosse o colégio puxado, acho que eu teria me ferrado na 4a série - já em outro colégio, pois não queriam saber se eu sabia cantar música de igreja :)

Não creio que eu tenha ficado com "burrose". Mas neurose, com certeza :)

Ah! Junto com nossos (meu e de meus irmãos) trabalhos estavam as cartas escritas pelos meus pais no período de namoro e noivado. Tão bonitinho! Tudo tão inocente. Muita coisa já está comida por traças (flores que minha mãe recebeu quando completaram 1 mes de namoro, 4 meses... viraram pó), e minha mãe, não perdendo tempo pra tirar sarro, disse: "É... olha só o que o tempo faz com o amor... vira tudo pó, tudo velho e podre!".

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